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Mares de Morros

          Segundo Moradei (2016), em relação as características físicas, Petrone (1959) aponta a região onde se encontra o município de São Luiz do Paraitinga apresenta relevo acidentado, afirmando que entre as cotas 740m e 775m é possível distinguir os fundos dos vales, principalmente o do Paraitinga com superfícies planas onde surgem terraços de várzeas alveolares parcialmente inundáveis.

          Müller (1969) afirma que o núcleo original da cidade onde se eleva a igreja matriz, foi implantada em planície de sedimentação do rio Paratinga, correspondendo a margem convexa de um de seus meandros. Afirma também que a outra parte da cidade se encontra do lado côncavo do meandro, com casas a beira do declive, enquanto que por expansão recente (década de 60) espremida pela falta de espaço, subiu ela, parte do Morro do Cruzeiro, uma elevação cristalina bastante íngreme.

Fonte: THAME, J. 2017

          O grande mestre da geografia Azis Ab`Saber (2010) menciona o município de São Luiz do Paraitinga “nasceu e se acantonou em um setor verde do vale do rio de águas claras (Para-i-tinga) ”, mais precisamente no fundo de um lóbulo de um largo meandro existente na margem esquerda do rio Paraitinga. Diz ainda que em São Luiz, o rio Paraitinga faz um largo volteio correspondente ao lóbulo do meandro desenvolvido entre terraços fluviais, encostas e patamares de morros.

          A várzea meândrica do município está aproximadamente 750 metros de altitude, enquanto o estreito e bem marcado terraço, que serviu de base para a igreja matriz está entre 754 e 757 metros de altitude. Levando em consideração a atenção dos autores citados, fica claro a importância do rio Paraitinga que foi decisivo na localização e implantação do núcleo original da cidade além de ser um fator determinante para o entendimento de sua dinâmica e expansão urbana.

          A várzea meândrica do município está aproximadamente 750 metros de altitude, enquanto o estreito e bem marcado terraço, que serviu de base para a igreja matriz está entre 754 e 757 metros de altitude. Levando em consideração a atenção dos autores citados, fica claro a importância do rio Paraitinga que foi decisivo na localização e implantação do núcleo original da cidade além de ser um fator determinante para o entendimento de sua dinâmica e expansão urbana.

Rio Paraitinga

Fonte: USP Imagens

O rio Paraitinga possui 166 Km de extensão, desde sua nascente no município de Areias até a sua foz no Rio Paraibuna, formando o rio Paraíba do Sul. O Rio Paraitinga percorre vales sulcados e áreas de fundo de vale onde, em um desses, se situa o município de São Luís do Paraitinga. O rio assume formato meândrico no percurso que se encontra nos Mares de Morros, pois é entre os vales produzidos pelas vertentes onde se localiza seu Talvegue (MORADEI, 2016).

Segundo Gauttieri (Org.,2010) a área onde hoje se encontra o centro histórico de São Luís do Paraitinga é uma área que recebeu sedimentos da montante do rio paraitinga desde o início do Período Quaternário; e, por estar em uma área meândrica do rio, a deposição destes sedimentos formam uma planície em formato de “U”e que recebe o nome de Alvéolo Fluvial.

Vegetação

Área originalmente coberta por Mata Atlântica, sofreu devastação para o plantio de café. Atualmente há o predomínio da floresta tropical no topo dos Mares de Morros,, nas encostas campos abertos com vegetação rasteiras (capim) e também áreas utilizada para silvicultura (eucaliptos), Mata de Galeria nas margens do Rio Paraitinga. Como o centro do município localiza-se em um alvéolo fluvial, cercado de mares de morros, é extremamente importante planejar o manejo do uso do solo, de modo a não intensificar os  processos erosivos (Mello, 2009).

O clima predominante de São Luís do Paraitinga é marcado pela sazonalidade de um período seco no meio do ano e entre um período úmido ocorrendo no fim/início de ano, acumulando em média 1.300mm ao ano (INPE, 2014).

Fonte: PACHECO, J. 2017

Referências

MORADEI, Natalia dos Santos. A grande enchente de São Luiz do Paraitinga - 2010 - São Paulo, 2016.

 

GIANNINI, P.C.F. & RICCOMINI, C. 2000. Sedimentos e processos sedimentares. In: TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T.R.; TOLEDO, M.C.; TAIOLI, F. ed. Decifrando a Terra (capítulo 9). São Paulo, Oficina de Textos. p.167-180

 

ROSS, Jurandyr L. S, MAPA GEOMORFOLÓGICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, USP, 1993

 

INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - Disponível em: <http://www.cptec.inpe.br/> Acesso em: 30/05/2017

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